sábado, 12 de maio de 2007

Eu e uma imagem!


Por:Cláudia Regina

Nós somos o que somos e nada pode mudar isso. Ou pode?
Quando vemos propagandas e outdoors, mostrando supostos corpos perfeitos, quando ouvimos canções para mulheres bonitas, ou quando comemos alguma coisa muito gostosa olhando para o rótulo vendo se ali tem algo que vá deixar seu corpo fora do padrão desejável pelo outro... Bom, então não somos mais como gostaríamos de ser.

Eu conheço uma menina, que não usa roupas de grife e nem perfumes caros. Ela é simples e às vezes humilde. Sabe brigar pelo o que quer e com quem acha que pode brigar... Mas nunca pediu uma briga que não pudesse vencer ou entrou em uma que não pudesse sair. Ela não é covarde sabe!? Só sabe quando é hora de entrar ou esperar. Ansiosa, mas se controla por boas causas. É uma boa amiga, olha sempre o lado bom das pessoas, até aquelas que escondem-se de forma convincente, ela acha e divulga a todos.

Percebi de uns tempos para cá a mudança mais terrível que alguém pode ter, nem todas as mudanças são boas entende? Algumas para o bem e outras, hum! Eu gostava da minha amiga como era antes. Falta o brilho no olhar e a força nas palavras. Falta a covardia para que sua coragem sobreponha o medo e a vergonha. Falta um amor, amor que nunca tive, eu acho. Ao menos ela não me contou, se houvesse ela contaria com certeza. Somos unha e carne, corpo e alma, na verdade nos confundimos nas personalidades. Sim eu saberia, não?!

Mudou para o quê? Senão para uma pessoa fraca e volúvel, onde as roupas têm mais valor que a mente ou o corpo tem mais valor que a alma.
Mudou quando? Se a vida não passou nem mais depressa que meu pensamento ou mais lenta que o click do relógio.
Mudou por quê? Se o porquê nunca vai poder explicar o que realmente sinto ou o porquê de toda essa paranóica mudança.

Pode ser que ela não tenha mudado e que eu mudei de visão, pode ser que eu tenha me levantado do sofá e mudado o canal da televisão. Sintonizei o rádio numa estação AM... Onde ninguém liga, onde ninguém reclama, onde, ninguém está como eu estou, atenta a todos os mínimos fragmentados pedacinhos de som.

As pessoas mudam, nós mudamos com elas. Aprendemos a andar (com muita dificuldade) depois a correr (com muitas quedas marcantes) e depois alguém lá na frente diz para ir mais devagar... Ou estou correndo depressa demais para alguém me alcançar, ou “simples a mente” não consegue deter-me. Bloquear pessoas que querem correr mais é conter um rio por uma barragem, é segurar firme um punhado de areia, é quebrar diamantes brutos com o dente, é não amar a si mesmo e desrespeitar o primeiro mandamento de Deus... É blasfemar, é criar covardia, e é deixar de torcer e apostar em um Vencedor!

Cláudia Regina Carlos Antônio
12/05/2007

Um comentário:

Anônimo disse...

Claudinha, simplesmente lindo e verdadeiro!! Me emocionou... Já virei fã do seu Blog.
Beijo grande!