quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Realização

Domir sonhando com o futuro. Acordei no presente sem saber o que fazer com o dia de amanhã!

Corri na estrada do passado, para alcançar os ideais de hoje e conhecer a missão da minha vida!
Chamei o desconhecido, clamei pelo novo! Continuei.

Continuando a vida, para fazer algo que valesse a pena relembrar, mas meus sonhos eram sempre no futuro e meu acordar era sempre no presente eles nunca iriam se encontrar.

Parei. Sonhar no futuro e estar no presente, algo que confundia e testava minha mente!
Então conheci o que tanto almejava e falei com que tanto queria! Fui para onde quis ir.
Somei desejo, conhecimento e prática, a paixão!
Subtrai a preguiça e a ansiedade!
Dividi o trabalho e multipliquei vitórias!
Com alguém chamado vontade, nas asas da ambição, eu fui...
Nunca mais sonhei sonhos distantes! Nunca mais deixei de sonhar!

Cláudia Regina

sexta-feira, 25 de maio de 2007

Entre um sonho e a realidade!

Por Cláudia Regina

Eu só queria mais um olhar.
Um único beijo, um único isntante, uma única chance,
para acalmar minha alma, dar ar ao meu espírito.

Não te quero para sempre, mas tornar eternos os minutos que ficares comigo
Não quero seu sangue, sua alma ou sua carne
Só quero seu calor, seu desejo, sua vontade, seu amor.

Faz comigo os seus sonhos virarem realidade.
Não complica minha fantasia com a naturalidade da tua razão

É entendiante os dias que não estás comigo!
São passos largos diante de casa!
É chuva no dia de sol, neve em pleno deserto!
Conflito de idéias e confusão de sensações...

Estou cansada de entender,
e triste de fazer da compreensão a minha aliada.

Sombra que não sai do meu pensamento.
Ao menos leva para longe esse amor "proíbido"
Tira daqui essa imagem que me faz sorrir por momentos e chorar pela eternidade.

Coração angustiado, não quer mais te ter ao lado...
Pensamentos vagos querem encontrar refúgio...
A razão quer ser ouvida e o os sentimentos querem se calar...
Instintos estão cansados de serem seguidos em uma linha reta sem fim.

Alguma coisa me faz cair na realidade... meus olhos se abrem, desperto do sonho
voltei para minha cama,grande e vazia,com a marca de dois corpos no lençol,com seu cheiro no travesseiro e seu calor...
Ah...! seu calor na minha alma!

sexta-feira, 18 de maio de 2007

...Maria

Por Cláudia Regina

Maria, doce maria, sentada na sala vendo tv.
Maria, doce Maria, vendo seu desenho favorido, desenho colorido no mais alto e divertido som.
Doce Maria, filha mais nova de cinco irmãs.
Maria de cabelos cacheados, pele morena, olhos amendoados, boca de criança, olhos de criança, corpo de criança, alma de criança.

Maria vê de relance alguém entrar na sala, Maria não liga, porque é alguém que ela conhece.
Mas ele a chama. - Vem cá Maria!
E a doce Maria - Já vou papai
Senta Maria, deixa eu ver minha filhinha.

Maria esta de costa para a televisão, não vê mais seu desenho.
-Que foi papai!?
- Nada Maria, fica quietinha!

Maria sabia que não podia fazer barulho, mas doía muito em algum lugar que ela não conhecia.
Esquentava, esquentava, e muita dor... Papai, para papai...tá doendo papai!
- Fica quietinha Maria...
E ela se calou, obediente e calada ficou.

Menina, doce menina, isolada no canto da sala,
Menina doce menina não olhava mais para a televisão, mas o barulho continuava lá, e as dores não cessavam.
Menina, a mais nova de cinco irmãs que passavam pela mesma dor, e pelo mesmo sofrimento.

Menina dos cabelos cacheados, pele morena, olhos amedrontados, boca tremula, corpo machucado, alma dilacerada...

Menina que quando vê alguém de relance começa a chorar!
Menina que vive no medo, e em algum lugar. De todos se esconde e não fala com ninguém.

Menina Maria, que perdeu a infância por abuso de alguém que ela conhece.
Não é mais a mesma Maria doce em frente a TV, com sua infância na alma.
Não é mais a mesma Maria, doce Maria!

sábado, 12 de maio de 2007

Os homens não podem parar!

Por: Cláudia Regina
Os homens não podem parar, não podem se mover e não podem continuar...
Eles estão conectados a algo invisível e que os faz ser únicos.

Não é DEUS, não é amor, não é confiança nem a modernidade, não são convenções e ou termos rotulais de alguém que não tem as respostas.

Os homens não param porque não podem. São fracos demais para parar e deixar levar-se pelo sol e pela brisa, pela maré e a corrente... Eles são fracos para serem livres e são ignóbeis para suportar a liberdade.

Simples por que liberdade é escolha, escolha é sacrifício e os homens não se sacrificam por nada! São covardes e se escondem atrás de regras e convenções que dizem o que é certo ou errado, e supostamente encobre os erros.

Se matar é crime, somos criminosos e matamos milhões de crianças com fome.
Se cobiçar é crime então não sejamos ambiciosos e fiquemos onde estamos.Talvez algo venha cair do céu.

Desejar o outro não é crime, somos seres de desejos nossa origem está no desejo, nossa liberdade está no desejo e tudo o que somos depende dos nossos anseios.
As regras nos quebram, nos devoram e nos dilaceram... Nós sabemos o que devemos fazer por instinto, o instinto é nosso coração que bate acelerado quando vê alguém ou que para de bater diante de algo drástico...Pernas bambas e nosso pensamento nalgum lugar distante... Tudo isso perdemos de ser, para ser algo que alguém nos ensina!

Eu queria ser ignorante das leis, para ser sábia nos sentimentos e navegar na liberdade das minhas escolhas. Para ser infeliz se eu o quisesse e não para ser feliz pela imposição de alguém!

Cláudia Regina Carlos Antônio
12/05/2007

Caminhos!

Por: Cláudia Regina

Para ser sincera...Os Caminhos me levarão a um horizonte que nunca vi...
E lá estará a estrela mais cintilante do céu... Brilhando para mim...
Caminhos, este que de tão pisado que foram perderam sua forma original, mas serviram bem aos meus pés aflitos que com ansiedade andaram por seus formatos vários numa época em que nunca olhei para os meus caminhos...

Eram ladrilhados ou triangulares, de cimento ou asfalto, coloridos ou acinzentados. Não sei não!
Eram apenas caminhos que me levavam ao destino final.
Eu pisei sem prestar bastante atenção, mas convenhamos quem anda olhando para o chão?
Deixei meus rastros pra trás. E o que me interessa está diante de meus olhos a estrela que me hipnotiza me fascina e me chama...
Ela que me faz caminhar os caminhos.
Os caminhos que alguém deixou lá para eu caminhar!

Cláudia Regina Carlos Antônio
12/05/2007

Por um olhar!


Por: Cláudia Regina

Vi flores morrerem com a secura, e o sol esconder-se no nublado.
Vi aves desistirem de migrar no inverno, e passarinhos deixarem seu ninho.
A tristeza não esta em mim, mas no que vejo todos os dias.

Vi pedras tomarem o lugar das sementes, e sementes caírem em lugares errados.
Vi o semeador deixar a semeadura de lado porque o fardo estava por demais pesado.
A desilusão não esta em mim, mas eu a encontro todos os dias!

Vi um cachorro atropelado e um abutre sob sua carcaça, mas não fiquei o suficiente para poder ver o corpo apodrecer.
E a fonte de água cristalina, tomada por lixo e fedor repugnante, água doce que agora é fel.
A morte não esta em mim, mas ela acontece em todo o lugar!

Vi um homem chorar por outro, e ao seu lado uma criança pedindo esmola.
Vi um gato correndo atrás de um rato, e o rato indo embora.
Vi um cego querendo enxergar com as mãos e um surdo tentando alguma comunicação.
Vi tudo isso num passeio a praça, e quando cheguei lá tinha muita gente de fora, querendo ver a beleza daqui de dentro, aonde está tal beleza que meus olhos não enxergam mais.

Voltei para casa, e na volta eu vi dois homens carregando junto o pesado fardo.
E os abutres limpando o caminho para as sementes terem espaço, não vi o cão, mas acredito que ele tenha virado adubo para as flores que começam a surgir. Flores tímidas e sem muita, mas alguma cor.

Não tinha água cristalina, mas não havia mais o fedor, alguns poucos se dispuseram a ressuscitar o rio.
O homem que chorava enxugou as lágrimas e sorriu pra criança, que não pedia esmola, mas lhe dava uma pequena flor, branca e perfumada era a flor.
O cego leu seu livro. E o surdo ria das mímicas desastradas de alguém, que tentava comunicar-se com ele.
E os turistas, eu acho que fizeram muitas fotos, não sei quantas... Tantas quanto os flashes que iluminavam meus olhos e me fizeram perceber por um olhar...
A tristeza não está em mim e alegria não está em mim, mas em como vejo as coisas acontecerem e em como quero que aconteçam. Somos sinceros na alma, e no coração, mas sufocamos toda nossa sinceridade para não ver a felicidade do outro. Alguém disse uma vez que olhar o lado bom da vida não leva mais tempo que o ruim...
Olhe diferente e viva melhor!

Cláudia Regina Carlos Antônio
12/05/2007

Eu e uma imagem!


Por:Cláudia Regina

Nós somos o que somos e nada pode mudar isso. Ou pode?
Quando vemos propagandas e outdoors, mostrando supostos corpos perfeitos, quando ouvimos canções para mulheres bonitas, ou quando comemos alguma coisa muito gostosa olhando para o rótulo vendo se ali tem algo que vá deixar seu corpo fora do padrão desejável pelo outro... Bom, então não somos mais como gostaríamos de ser.

Eu conheço uma menina, que não usa roupas de grife e nem perfumes caros. Ela é simples e às vezes humilde. Sabe brigar pelo o que quer e com quem acha que pode brigar... Mas nunca pediu uma briga que não pudesse vencer ou entrou em uma que não pudesse sair. Ela não é covarde sabe!? Só sabe quando é hora de entrar ou esperar. Ansiosa, mas se controla por boas causas. É uma boa amiga, olha sempre o lado bom das pessoas, até aquelas que escondem-se de forma convincente, ela acha e divulga a todos.

Percebi de uns tempos para cá a mudança mais terrível que alguém pode ter, nem todas as mudanças são boas entende? Algumas para o bem e outras, hum! Eu gostava da minha amiga como era antes. Falta o brilho no olhar e a força nas palavras. Falta a covardia para que sua coragem sobreponha o medo e a vergonha. Falta um amor, amor que nunca tive, eu acho. Ao menos ela não me contou, se houvesse ela contaria com certeza. Somos unha e carne, corpo e alma, na verdade nos confundimos nas personalidades. Sim eu saberia, não?!

Mudou para o quê? Senão para uma pessoa fraca e volúvel, onde as roupas têm mais valor que a mente ou o corpo tem mais valor que a alma.
Mudou quando? Se a vida não passou nem mais depressa que meu pensamento ou mais lenta que o click do relógio.
Mudou por quê? Se o porquê nunca vai poder explicar o que realmente sinto ou o porquê de toda essa paranóica mudança.

Pode ser que ela não tenha mudado e que eu mudei de visão, pode ser que eu tenha me levantado do sofá e mudado o canal da televisão. Sintonizei o rádio numa estação AM... Onde ninguém liga, onde ninguém reclama, onde, ninguém está como eu estou, atenta a todos os mínimos fragmentados pedacinhos de som.

As pessoas mudam, nós mudamos com elas. Aprendemos a andar (com muita dificuldade) depois a correr (com muitas quedas marcantes) e depois alguém lá na frente diz para ir mais devagar... Ou estou correndo depressa demais para alguém me alcançar, ou “simples a mente” não consegue deter-me. Bloquear pessoas que querem correr mais é conter um rio por uma barragem, é segurar firme um punhado de areia, é quebrar diamantes brutos com o dente, é não amar a si mesmo e desrespeitar o primeiro mandamento de Deus... É blasfemar, é criar covardia, e é deixar de torcer e apostar em um Vencedor!

Cláudia Regina Carlos Antônio
12/05/2007

sábado, 5 de maio de 2007

O presente perfeito!


Tive a sorte de presenciar um lindo pôr-do-sol, sorte maior foi poder fotografar e guardar comigo aqueles segundos de paz, cores vibrantes e que davam seu último suspiro, antes do cinza das nuvens e escuro da noite tomar seu lugar no céu.

É lindo quando se pode ver algo que poucos vêem ou se dão ao trabalho de olhar, quando ninguém mais percebe o que só você pode perceber, ou presencia o que só você pode presenciar.

Aquele pôr do sol me foi compartilhado com um amigo muito querido. O som das águas do Rio Negro batiam nas pedras e faziam a harmonia com o farfalhar das árvores e o cantar dos passarinhos que retornavam ao ninho.

Ninguém me deu presente melhor...

Um presente sem embrulho, que causou mais ansiedade que qualquer embrulho e laço. Mesmo estando aberto a todos, ele revelava aos poucos sua beleza, que foi magnífica até o final do horizonte, quando as cores em festa mergulhavam no rio e faziam sua retirada estratégica para a entrada das estrelas....

Ah! como eu gostaria do mais vasto vocabulário para descrever aqui o que senti e o que vi naquele dia!

É injusto o dicionário ser tão pobre, e o meu vocabulário tão miserável diante da beleza magistral daquele pôr de sol...

Estava ansiosa, com vontade de fazer a melhor foto, com vontade de um beijo, com a cabeça em outro lugar que não ali...

Pensei no meu primeiro, no meu último, pensei no futuro e pensei no agora que agora já é passado, pensei e olhei em volta, contei nos dedos quantos tinham ali apreciando comigo o que eu apreciava com tanta vontade.

Senti paz, desejo, vontade de realizar meus sonhos naquele mesmo instante... todos os meus desejos foram recarregados pelo rosa arroxeado do céu. Ele parecia sangrar por alguma coisa, sangrar pelas vidas daquele dia ou sangrar por mim, não sei!

Vi meu futuro, que era totalmente diferente do meu presente. Vi meu coração pulsando e duas almas se beijando a sombra do pôr do sol. Fiquei parada por uma eternidade em minutos só olhando a composição divina.

Guardei, no meu coração e na minha memória aquele instante, guardei também em foto para que um dia eu possa dizer “eu ganhei o presente perfeito, alguém me deu o pôr-do-sol”.

Cláudia Regina!
05.07.2007